As taxas de juro da habitação continuam em queda e estão a transformar o mercado imobiliário em Portugal. Depois de meses de aperto financeiro, esta descida traz um novo fôlego para quem quer comprar casa e para quem procura oportunidades de investimento.
Em setembro, a taxa média dos créditos à habitação existentes fixou-se em 3,228%, enquanto os novos contratos desceram para 2,873%, acompanhando a estabilização das Euribor e a política monetária europeia. Na prática, isto traduz-se em prestações mais baixas e em maior poder de compra para famílias e investidores.
Apesar de o valor médio das novas prestações rondar os 666 euros, refletindo imóveis mais caros, o custo do financiamento continua a ser significativamente mais acessível do que nos meses anteriores. Já nos contratos antigos, a média desceu para 393 euros, sinal de alívio para muitas famílias.
Esta evolução cria um cenário favorável à aquisição e à reabilitação. Com o crédito mais barato, é possível investir em habitação com maior previsibilidade e segurança, o que estimula tanto o mercado de compra como os projetos de renovação urbana.
No entanto, persistem desafios estruturais, como a falta de oferta em várias zonas urbanas e a pressão sobre os preços nos grandes centros. A descida dos juros ajuda a reduzir barreiras, mas é essencial que políticas públicas, incentivos privados e inovação em financiamento caminhem lado a lado.
A simplificação de processos, o reforço da construção sustentável e a aposta em novas soluções urbanísticas serão decisivos para garantir uma habitação acessível, eficiente e adaptada às necessidades reais da população.
Com as taxas em níveis historicamente mais baixos, o momento é de otimismo cauteloso e de ação. Para quem pensa comprar, reabilitar ou investir, as condições estão a alinhar-se para que seja um ano de novas oportunidades no setor da habitação.