09 Dezembro 2021
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Preço dos imóveis excedeu o “limiar indicativo”

O alerta foi dado pela Comissão Europeia, “o preço das casas em Portugal apresenta sinais de sobreavaliação” — o aumento do preço dos imóveis “excedeu o limiar indicativo” nos últimos 5 anos.

Contudo, segundo a Comissão Europeia, há um conjunto de aspetos que estabilizam e ajudam a compensar o crescimento do risco sistémico e a afastar os riscos que o desequilíbrio do preço das casas, face à inflação, possa trazer à economia portuguesa. Veja aqui quais:

– “A subida das hipotecas foi limitada” — a aquisição de imóveis foi feita, principalmente, com recurso a poupanças e não ao crédito.

–  O crédito à habitação com taxa fixa ganhou terreno (5,7% dos contratos em 2020), o que garante mais segurança, caso o Banco Central Europeu (BCE) suba as taxas de juro.

–  92% das hipotecas têm um rácio loan-to-value (valor do empréstimo face ao valor da avaliação) inferior a 80%, tal como recomenda o Banco de Portugal.

A aquisição de imóveis com recurso ao crédito “mantém-se em cerca de 40% do total, significativamente mais baixo do que no período anterior à crise das dívidas soberanas (66% em 2009)”.

Além disso, em 2021, a evolução crescente do preço das casas desacelerou, devido ao aumento do volume de construção e à diminuição da procura, em alguns segmentos. Enquanto em 2020 o preço dos imóveis disparou 8,4%, este ano a subida foi de 5,2% no primeiro trimestre e de 6,6% no segundo trimestre.

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