Em Portugal, tanto os jovens como a classe média, enfrentam graves dificuldades no acesso à habitação. No sentido de minorar o problema, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vão chegar ao nosso país 2.700 milhões de euros destinados ao setor.
Aos 2.700 milhões de euros, disponibilizados pela Comissão Europeia, somam-se 1.400 milhões de euros oriundos do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana (IFRRU) e as verbas do PT 2030, ou seja, há “mais de 4.000 milhões de euros” destinados à habitação — o investimento irá facilitar bastante o acesso a uma habitação digna.
A chegada de fundos europeus, impõe o cumprimento de determinadas metas até 2026 (como o aumento do parque público dos atuais 2% para 5%) cujas regras nos setores da construção e da contratação pública poderão comprometer.
A execução do PRR enfrenta grandes desafios como o prazo, considerado demasiado curto pelos profissionais do setor; as “regras muito espartanas” da contratação pública e as limitações do edificado público, que se revela insuficiente para fazer baixar os preços da habitação.